segunda-feira, 25 de julho de 2011

Geração da velocidade

A geração da velocidade é uma nova realidade social como resultado de fenómenos económicos, culturais, políticos e outros, adoptado por quem ambiciona ou cobiça ter fama ou sucesso, fazer-se parte integrante do sistema, ser aceite na sociedade e competir no mercado em pouco tempo. É uma geração mais imediatista, inspirada inclusive pela velocidade de querer “o aqui e o agora” e o desafio actual é fazer parte dessa geração veloz.
Portanto, é uma urgência permanente de viver de forma fenomenal e espectacular. É uma marca e um novo paradigma de vida do século XXI sobre a valorização da pressa como se algo quase que inalcançável faltasse.
Tudo isso, porque, o mundo actual exige cada vez mais e faz-nos acreditar que o tempo não pára, e como consequência disso nós também não paramos. Não paramos porque somos influenciados pela sociedade de consumo de que a vida é curta, por isso temos que aproveitar. E descobrimos que viver devagar e ser paciente não ajuda em nada e, é ficar atrás, por isso movemo-nos muito rapidamente para conseguir fazer e resolver tudo em menos tempo como se o mundo desaparecesse no dia seguinte.
Sem dúvida, este cenário é a face mais evidente da sociedade actual e em qualquer canto do mundo encontramos pessoas sempre apressadas. É essa mudança que observamos no comportamento do homem actual da geração da velocidade. É uma pessoa que fala, anda e come muito rápido. É uma pessoa da correria contra o relógio e não tem tempo para olhar do lado e reconhecer o outro. É uma pessoa que acredita que o tempo é dinheiro e tudo na vida é competição. É uma pessoa impaciente e imediatista que encontramos e convivemos com ela na família, no bairro, na escola, no trabalho e até na igreja... etc. Exemplos de tais atitudes têm-se todos os dias a nossa volta.
É relevante realçar que vivemos hoje em mundo onde a pressa é incentivada pelos meios de comunicação social em suas propagandas comerciais de venda de produto e serviço com capacidade de atingir simultaneamente um maior número de público em tempo recorde. Essa influência começa desde cedo, na infância e não se restringe à adolescência e já na idade avançada torna-se difícil controlar porque a informação hoje circula com uma velocidade fenomenal e vertiginosa e o seu poder escapa à censura em nome da liberdade confundida com libertinagem. E todos os dias surgem instituições com planos e programas de como aumentar a velocidade.
Será que essa nova realidade é a realidade ideal para a nossa sociedade?
Respondendo à pergunta, pensamos que não é o ideal, e não tem ainda a menor possibilidade de ser o ideal pelo simples motivo de que este fenómeno “Geração da velocidade” é um lazer agitado, uma fuga ao movimento ordenado por meio da agitação que traz consequências negativas na vida pessoal e na sociedade.
É importante que tomemos consciência de que a pressa só traz prejuízos e erros no trabalho, nos estudos, nos relacionamentos, transformando-nos em pessoas frustradas.
Por isso, este panorama profundamente negro deve proporcionar um estado de alerta pelo receio de ser consumido velozmente sem se dar conta. Porque o nosso século tem sido marcado pela constatação de que os modelos de comportamento humano adoptadas pela sociedade da “geração da velocidade” caracterizado pelo consumismo e impressionismo tornaram-se insustentáveis e exigem mudanças profundas sem as quais a crise social torna-se-à cada vez mais grave. Tais mudanças exigem alteração de valores da sociedade como um todo.
Por isso, este artigo foi concebido como tentativa de chamar atenção do perigo do fenómeno “geração da velocidade”.
Gaby Lomengo

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Quem sou eu?

Sou um ser humano classificado como Homo Sapiens (etimologicamente homem sábio e homem racional) e pertenço à família dos macacos. Sou definido em termos biológicos, culturais, sociais e pela minha consciência.   Tenho uma postura unicamente minha e diferente da dos animais, pois a minha mente humana possui inúmeros atributos e a minha inteligência varia conforme o grau da minha evolução.
Desempenho diferentes papéis para com a sociedade, muitos se encontram onde deveriam estar, ambos pertencem a um grupo social, sejam eles: família, a escola, o trabalho, entre outros. Tendo a sair do meu egocentrismo e da minha individualismo para me integrar à sociabilidade. A vida em sociedade traz diferentes contextos e sendo humano, tendo sair da minha disputa pelos bens materiais, disputa essa que engloba o meu próprio universo e desejos maternais de onde a necessidade de regras é geral.
Porém a sociedade actual dita as suas regras e os meios de comunicação social criam uma imagem preconcebida influencia e determina a minha pessoa no consumismo do sistema capitalista. Sendo preso voluntário, a sociedade de consumo transforma a minha pessoa a simples consumidor que encontra o prazer no mero consumo por si só, e não pela vontade de possuir o produto. Crio o meu universo próprio de desejos, vontades, objectivos e valores.   A psicologia assim como a filosofia tenta estudar o meu comportamento humano assim como os meus aspectos mentais. Desde a gestação, me é atribuído ao corpo o que chamo de alma, ou espírito, assim sendo no momento da minha morte desaparece o meu corpo e permanece a minha alma.
A sociedade actual encontra-se literalmente perdida, seja pela falta de segurança, pela violência que é excessiva, pela falta de maiores informações, pelo desamor, pela falta de fé e pelos princípios estes que não mais existem. Daí que vivo perante uma situação a qual desperta medo, insegurança e destrói diante de mim as perspectivas que criei e continuo a criar perante a minha vida e o meu futuro.
Fala-se muito de mim, mas poucos se fazem por entender a minha essência, isto é o meu íntimo. Vou mais além do meu corpo, da minha alma e do meu coração Eu nada mais sou resultado e vítima das teorias concebidas pela ciência e pelo senso comum e que posteriormente venham a sofrer transformações sejam elas físicas, psíquicas ou emocionais. Muitos são os meus componentes que de facto são visíveis: sou um ser social, crítico, integrado, comunicativo limitado e finito, assim se resume o meu ser, vivendo na sociedade actual.
Quem sou eu hoje em dia?   O que é o ser humano? Eu, nada mais sou um ser dotado de personalidade e possuo componentes biológicos e genéticos, a minha estrutura psicológica pode ser cognitiva ou expressiva, possuo um campo espiritual e ao mesmo tempo sensitivo, as minhas relações de fraternidade, afectividade, dignidade, além dos meus tantos outros campos que se baseiam na lei de acção e reacção. Embora muitos sejam de facto assim, existem outros tantos que com a minha frieza chocam, com os meus actos, criam as minhas próprias prisões.
Por muitas vezes não sei falar e agir de acordo com as minhas vontades e crenças, não sei criar e manter relacionamentos simples e ao mesmo tempo duradouros, profundos. Muitas vezes a percepção e a distinção do certo e errado me fogem entre as mãos e quando isso acontece, cometo erros graves e insustentáveis. Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? Tudo isso se baseia nos meus actos, de onde venho todos sabem, mas para onde vou cabe a ti escolher. Por isso, eu te pergunto: quem és tu?
Gaby Lomengo from Boane

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A Complexidade da Sociedade Pós-Moderna

No mundo em crise, é imprescendível que cada individuo actuante em uma determinada instituição tenha clareza de sua importância para construção de um ideal de mundo melhor e qual é seu papel em sociedade, no entanto a cada dia a sociedade e o homem se transformam e essas mudanças reflectem no agir humano, a ética e a moral enquanto expressões de valores e princípios revelam o agir humano em sua convivência com o outro em sociedade .Na verdade a sociedade chegou a um nível de complexidade em que hoje as figuras de heroi e do anti-heroi se fundem em um único ser produzindo modelos que são ao mesmo tempo venerados e as pessoas perderam completamente a ideia da diferença entre o certo ou errado. A violência e a tirânia no ambito educacional e o resultado da falta de clareza de papéis e do não reconhecimento do "outro como sujeito" ou "não como um mesmo", essas violências, brutalidades, preconceitos, racismos se expressam de várias formas gerando vítimas nas instituições académicas e na sociedade em diferentes graus de entendimento e que hoje em dia é mais conhecido, na nossa concepção são crise de valores.

Diante dessa escala de valores acreditamos que vivendo em uma sociedade atacada por males profundos, há algo que realmente preocupa nisso tudo e não pode passar despercebido, a manifestação de preconceitos seja ele qual for racial ou social nas rodinhas de conversas de adolescente, conversas jogadas fora nos bares, dentro de casa e etc. Esses comportamentos inadequados é uma realidade que deve ser trabalhada no âmbito educacional através dos apectos atitudinais previsto no plano escolar, a escola e a família tem por função construir uma sociedade mais justa e solidária, construir sujeitos críticos e participativos que busquem e proponham soluções para os problemas em sociedade. O mundo desde que nascemos nos ensina a ser homem, ser homem é algo que precisa ser aprendido e não deixa de ser impunimente. Por isso diante de tanta violência submersa nas águas turvas do inconsciente a uma repulsa ao sensível, ao passivo alguns simplismente ignoram a legítima expressão de vontade popular como se apenas a ignorância e o mau gosto fossem suficientes para gerar todo tipo de desvio do padrão normal da sociedade à gratuidade, à doação e tudo que possa ir na contramão da cultura do domínio da violência e da marginalização que comanda o mundo. Por isso tem sido mais fácil promover a guerra do que a paz ao longo de toda história da humanidade.Vale ressaltar à todos que ao tomarem consciêcia de suas proprias condicionantes negativas e não consieguirem romper com as mesmas, devem procurar ajuda especializada com intuito de aprender a administrar suas emoções e seus sentimentos.
Gaby

terça-feira, 5 de julho de 2011

FALSIDADE DA GERAÇÃO DA VELOCIDADE?

Vive-se num mundo que, a cada dia, está mais difícil identificar o que é falso e o que é falsificado. O falsificado traz toda aparência do verdadeiro, e faz questão de dizer que ele, sim, é o verdadeiro, eficiente, eficaz, perfeito, puro, bom, eterno.
Por isso, aparece, é atraente, é sedutor, e engana muita gente. Por outro lado, o falso assume todas as características de falsidade e se identifica como tal. É assumido, portanto, mais fácil de ser rejeitado.
O mercado de falsificados hoje se tornou um universo. São até os preferidos pela maioria. Os falsificadores aperfeiçoam-se cada dia, é quase impossível notar qualquer diferença entre o falsificado e o original. Tudo vem igual, adesivo, flanela, estojo, até mesmo o certificado de garantia. A única coisa que não se pode falsificar é o preço; este é sempre bem mais baixo. No preço não tem milagre, e sim, a realidade. Nesse século se falsificam quase tudo: dinheiro, documentos, remédio, cartão de crédito, relógio, óculos, bebidas, móveis, aparelhos domésticos e milhares de outros objetos.
O mundo da falsificação chegou também no campo espiritual. Hoje, nos templos, onde Deus é adorado, tem se tornado mais um balcão de negócio, no qual, oferece de tudo: casa, carros do ano, sítio, vida sem sofrimento, casamento estável e, ainda uma entrada para a mansão celestial.
Muitos vivem felizes como o fariseu, tentando enganar a si mesmo e ao próprio Deus com uma tintura de bom cristão e com uma vida espiritual falsificada.
GABY