quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Uma vida Apressada

A mais evidente transformação que observamos no comportamento humano hoje é, sem dúvida, a pressa ou a corrida contra o tempo. Estamos sempre apressados. Como se as horas fossem insuficientes para tantas informações e imagens que povoam o nosso consciente.
Essa atitude desvia-nos da vivência do presente. Isto é, ninguém tem tempo para ninguém. A não estar em frente do computador, do video game, do televisor  ou falar ao celular. E no momento em que andamos e poderíamos observar nosso mundo real, estamos novamente ao celular, falando com alguém que as vezes só existe na nossa imaginação.
Fazemos tudo para termos um futuro melhor e quando ele chega, não o aproveitamos, pois estamos apressados porque dormimos com pressa, tomamos banho com pressa, comemos com pressa, andamos com pressa, falamos com pressa, estudamos com pressa, amamos com pressa, brincamos com pressa e divertimos-nos com pressa.Mas, a pressa em atender a todos e resolver tudo é o álibi perfeito para que ela seja mantida como modelo e referência. E com a influência do consumismo pós-moderno apoiado pelos meios de comunicação social, dificilmente sairemos tão já dessa pressa.
A lentidão da nossa vida é tão grande que não nos consideramos velhos aos quarenta anos. A velocidade dos veículos retirou a velocidade às nossas almas. Vivemos muito devagar e é por isso que nos aborrecemos tão facilmente. A vida tornou-se para nós uma zona rural. Não trabalhamos o suficiente e fingimos trabalhar demasiado. Movemo-nos muito rapidamente de um ponto onde nada se faz para outro onde não há nada que fazer.
O sábio pensamento de que a pressa é a inimiga da perfeição, parece não se aplicar aos tempos actuais. Suponhamos, que o que se pratica é exactamente o contrário. Sem pressa não alcançamos nossos objectivos, conquistas e tarefas. Então, ela é urgente e tem que fazer parte da nossa vida como paradigma.
Portanto, a pressa transformou-nos em inimiga número um dos bons costumes, da conversa olho no olho, do tempo disponível para realmente ouvir e perceber o outro. Para prestar mais atenção no que conquistamos e desfrutar disto.
Antigamente,  o tempo parecia lento, esperava-se pelo amor, pelo marido que foi trabalhar, pelo filho que foi para a escola, pelo Natal, pelo fim de semana. Mas hoje, não esperamos mais e quando percebemos..., já passou. E todos dizem, o dia passa tão rápido, a noite também e o ano voa.
Por isso, dizemos que a pressa é inimiga da perfeição. Ao privilegiarmos uma vida apressada, prejudicamos vários aspectos positivos da nossa vida, como saúde, relacionamentos, trabalho, alimentação, vida social e outros.Quando fazemos as coisas com calma, colocamos mais atenção ao momento presente e erramos menos.
Gaby Lomengo

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O DISTRAIDO DA MINHA GERAÇÃO

v  Desempenha papéis, põe máscaras e monta jogos para disfarçar a sua pessoa real.
v  Acredita que tudo na vida é competição e negócio porque desde sempre foi educado e ensinado a querer o primeiro lugar, a ser maior e melhor em detrimento do outro;
v  Acredita que o dinheiro é tudo na vida, por isso acha que pode comprar e resolver tudo;
v  Acredita ser o mais bonito acima de tudo porque orienta a sua vida por uma visão estética e instintiva com a finalidade de atrair admiração;
v  Acredita que a morte torna a vida inútil e sem sentido
v  Acredita que as pessoas bem vestidas são honestas e responsáveis por natureza;
v  Diz não a tudo que parece inovador porque só vê o que gosta de ver e escuta o que gosta de escutar;
v  Não conversa com estranhos e não confia a ninguém porque todo o mundo é interesseiro;
v  Critica tudo e todos porque o pensamento correcto só habita nele;
v  Acredita que a verdadeira amizade nunca decepciona;
v  Acredita que a fama e o sucesso aumentam a sua personalidade;
v  Acredita ser o mais inteligente e superior a todos porque tem acesso à informação;
v  Vive numa ontologia da posse onde o ter agrega valor ao ser
v  Busca sempre a satisfação imediata;
v  Considera e acredita que os relacionamentos são transitórios e podem terminar a qualquer momento de forma unilateral
v  Vive na arrogância dos instintos pessoais e dos íntimos desejos;
v  Reage explosivamente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação ao seu comportamento;
v  Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias ideias;
v  Não admite humilhar-se porque acha que essa atitude é sinónimo de fraqueza e falta de personalidade;
v  Preocupa-se mais com a sua aparência exterior e dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;
v  Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo;
v  Ambiciona cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa;
Gaby Lomengo