terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Juventude Africana: entre o sonho e a realidade

A juventude tem valor em si mesmo; por aquilo que é, que pode dar hoje e que amanhã poderá dar. Mas, o continente negro não sabe dar valor aos seus filhos. Nos países africanos o desemprego juvenil e a falta de mão de obra qualificada afectam gravemente a economia do continente. 
África vê hoje em dia o seu futuro, que podia ser limpo e coerente, bastante comprometido. A juventude está entregue à sorte do destino, por uma questão de ignorância dos dirigentes africanos, porque educar um povo é criar recursos necessários para o desenvolvimento durável. Em África a classe política tem medo de ver o aumento do nível de conhecimento da sua própria juventude, pensando que isto poderá vir a pôr em perigo as ideias medíocres e perturbar o sistema político falhado que lhes facilita a vida. A educação de todos pode vir a ser factor da desobediência social, levaria evidentemente à mudança ou poria fim aos anos de manipulação do poder público, pois um homem dotado de conhecimento tem todos os meios necessários para reivindicar os seus direitos e participar activamente na vida política do seu país e do seu continente.  
A democracia nunca conheceu o valor real, de sistema político que visa servir o povo e satisfazer as suas necessidades. Pelo contrário, tem estado a ser usada para servir um grupo de indivíduos, os que criam empresas políticas  e às quais dão nomes sob a bandeira de Partido Político. O intuito é simples: utilizar os meios do povo para atingir objectivos pessoais – riqueza fácil através de roubos aos pobres povos.
África tem que pôr ao serviço dos jovens os meios técnicos e académicos com programas de formação flexíveis que possam responder ao mercado de trabalho, implementar uma política de promoção da competência, dotá-la de meios necessários para contribuir para o crescimento económico e combater o desemprego no seio da juventude.

O continente vai de mal a pior. Ou, tudo está normal como dantes? Questionamos aos que hoje têm as rédeas do poder político mas que não têm vontade política suficiente para dirigir um povo que a fome e a miséria sufocam. Um povo cujos filhos  cansados de viver em plena instabilidade, mudam de país para país e de nacionalidade todos os dias à procura do que nunca tiveram na sua terra, à procura da paz, estabilidade política e económica. Conquistar o bem-estar no continente, é um combate que vai levar tempo, é de longo fôlego, de coeficiente de dificuldade superior.

Os males que assolam o continente africano serão vencidos quando os homens africanos compreenderem que o momento é para apostar no trabalho, na honestidade da gerência dos bens públicos, valorizando os recursos humanos e investindo na camada jovem, os dirigentes dos futuro.

A esperança reside na alma daqueles que acreditam no futuro, o homem não pode viver sem esperança, todos os homens esperam por alguma coisa, o coração de África espera sobretudo pela Paz, Estabilidade e Desenvolvimento durável…. Aos poucos África está a mudar, cantaram os "Africando", vamos continuar a sonhar. Dias de glória hão-de chegar.

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