Já estámos
em dezembro. Pelo visto, é o mês mais querido do ano que acaba de chegar. Com
isso, o ser humano prepara-se para responder às exigências do consumismo mesmo durante a actual crise, fazendo com que
nossos bolsos se esvaziem, mas curiosamente que nossos rostos se alegrem. E todos os anos quando chega dezembro,
o filme se repete.
Nessa
rede de confusões também somos convidados a fazer balanços, projectos e
comemorações. O que para muitos é um período feliz, para outros têm um efeito
contrário. O reencontro com a família, a lembrança de alguém que partiu ou a
falta de identificação com o trabalho ou relacionamentos pode transformar esta
época em um período triste e até mesmo provocar uma depressão. Quando a
felicidade é vendida no leilão da ganância, não será no curto período de um mês,
com data e hora marcadas, que as pessoas irão se tornar fraternas; o máximo que
conseguirão será agradar o estômago e a garganta.
Mas
felizmente, surgem criatividades dessas contradições e são nelas que devemos
colocar nossas esperanças. Então aproveitemos! Mudemos os hábitos. Um gesto de
solidariedade não gera dívidas, um abraço não precisa de cartão de crédito e
para sorte de todos nós, depois do dia 31, a Vida continua...